Morar em outro país, por si só, já é uma grande mudança e você torce para nunca precisar ir ao médico, mas uma hora ou outra isso, certamente, irá acontecer. Este dia chegou...
O primeiro passo foi o agendamento pelo telefone...em inglês é lógico, porque em holandês nem sonhar. Mesmo sabendo me virar falando inglês, falar ao telefone sempre é muito mais complicado. Após algumas palavras e vários pedidos para que a secretária repetisse o que estava falando, a consulta foi agendada. Nos dias seguintes, fiquei pensando em várias possibilidades e como reagiria a situações inesperadas ou adversas.
Cheguei um pouco mais cedo e fiquei esperando o doutor me chamar. À princípio, contrariamente ao que eu havia imaginado, o médico não era tão sisudo assim, mas também não tão simpático quando comparado a receptividade brasileira. Aqui, todos pagam convênio de saúde e há um médico da família que faz a triagem e os encaminhamentos para outros especialistas, caso ele achasse necessário.
A consulta fluiu, também em inglês, após o médico me perguntar em que ele poderia me ajudar. Contei o meu problema, o doutor fez sua avaliação e me medicou, embora eu preferisse ir a um especialista.
Neste exato momento, pedi para fazer mais duas queixas, entretanto, fui desencorajada, na verdade, diria interrompida em minha quase tentativa.... O tempo de consulta era de apenas 10 minutos. Entretanto, ninguém havia me explicado ou eu não havia entendido direito como as coisas funcionavam. O doutor me sugeriu marcar duas consultas seguidas porque 1 consulta = 1 assunto....Aqui as coisas são assim: uma solicitação, uma queixa, uma sugestão correspondem deve-se fazer 1 telefonema ou escrever 1 email por vez.
Este é o ritmo das coisas, e você tem que aceitar e se adaptar....se quiser viver por aqui.
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