Mistureba da FABI: História das Jóias

Art Nouveau

Houve uma retomada da arte da joalheria, sendo considerados importantes tanto a originalidade da técnica quanto o tema. O esmalte foi utilizado de várias formas que estão descritas brevemente abaixo:

a) Champievé: o esmalte em pó é colocado nas cavidades gravadas e recebe as queimas necessárias, em seguida, o esmalte é lixado, o excesso retirado e para dar brilho cintilante.

b) Cloisonée: (do francês cloison, divisão), técnica de trabalho em esmalte na qual tiras finas de metal são coladas sobre uma superfície, formando um desenho composto por vários pequenos compartimentos preenchidos com pasta de esmalte vitrificado.

c) Plique-à-jour: (do francês "para deixar a luz do dia") é uma técnica de esmalte vítreo, onde o esmalte é aplicado nas células, semelhantes às cloisonné, mas sem apoio no produto final, para que a luz possa brilhar através do esmalte transparente ou translúcido. Cada peça pode demorar até 4 meses para ficar pronta (muito difícil tecnicamente de ser feito).

Nesta época outros materiais foram usados como pedra-da-lua, opala, pérola negra e barroca, marfim, ouro esmaltado, prata, tartaruga, ferro, estanho, latão e cobre.

Os temas incluíam nus femininos, metamorfoses, pássaros (principalmente o pavão) e flores estilizadas. O novo estilo mudou o foco da arte do joalheiro do enfoque às pedras para a concepção artística da peça em si, surgindo assim o artista-designer. Um dos melhores exemplos disso é o design da libélula da Lalique que sofreu influência da arte japonesa.

Broches, pingentes e braceletes eram comuns, mas, devido à moda dos cabelos compridos, os brincos eram raros, substituídos por elaborados pentes de cabeça.

Art-Deco

A Art Deco tornou-se popular no período entre 1920-1930 e foi marcada pela produção em massa de jóias de alta qualidade.

Neste período, a mulher se tornou mais moderna e audaciosa passando a usar jóias mais largas, grandes e multi-uso formadas por 2 ou mais elementos que podiam ser desmontados e usados separadamente. Era comum o uso de broches no chapéu, cinto, anéis e pulseiras largas (nos anos 20 eram comuns pulseiras finas) e braceletes em ônix (contraste preto e branco com o diamante), cristal de rocha, coral, ouro, prata ou bambu. Foram utilizadas também a platina, ébano, lápis-lazuli, metais lacados, ágatas, coral, pérolas e safiras, baquelite, plástico, jade, tartaruga, pedra-da-lua, madrepérola e vidros imitando diamantes.

A lapidação das pedras também se renovou nos anos 20: surgiram os cortes em baguette, trapézio, mesa e quadrado.

Grande nomes da joalheria (Cartier, Tiffany, etc) usaram como fonte de inspiração formas geométricas e na arquitetura maia e asteca, egípcia ou babilônica.

A Segunda Guerra Mundial (1939 -1945) traz o final deste estilo decorativo.