História das Jóias - Renascimento (cont.)

O Renascimento como o próprio nome diz foi uma época divisora de águas, podemos dizer. Ocorreram várias modificações religiosas, sociais, econômicas, etc.: transição da Idade Média e o início da Idade Moderna; Feudalismo para Capitalismo; Teocentrismo para Antropocentrismo, ou seja, significou a ruptura com a estrutura medieval.

Novas idéias surgiram e o homem tornou-se livre para pensar. Com os estudos de anatomia e engenharia que ganharam força nesta época, os ourives conseguiram reproduzir com fidelidade, formas humanas representadas em peças inspiradas na mitologia.

A joalheria deixou de ser patrocinada pelo clero e passou a ser patrocinada pela burguesia. Foi então que o ofício de ourives começou a ganhar status de arte assim como a pintura e escultura. Cellini foi um dos maiores ourives do renascimento. Nasceu em Florença e mudou-se para Roma onde produziu jóias para o Papa Clemente VII , o duque de Mantua, e o Papa Paulo III , culminando em uma de suas maiores obras , o Saliera , feito para o cardeal Ippolito d' Este, que agora está no museu de Viena. Os ourives renascentistas tinham um grande apreço pelo artesanato e motivos dos antigos artesãos etruscos e Micenas , e havia uma boa quantidade de reciclagem que ocorre durante esta época. 

Com as navegações e a descoberta das Américas, a Europa foi vastamente abastecida de ouro, prata e gemas. Era costume usar vários anéis na mesma mão até vários no mesmo dedo,  assim como muitos colares. Os anéis podiam ser usados para expressar amizade ou amor, anel de fidelidade, anel de fé e anel irlandês, etc. Havia também anéis funcionais, tais como anel de assinatura e o anel de veneno veneziano usado para realizar pequenas vinganças. Também era comum o uso de pingentes, brincos, broches e jóias para o cabelo e chapéu.  Os adornos de chapéus eram feitos de ouro esmaltado, com motivos mitológicos ou religiosos. Camafeus também começaram a ser introduzidos na composição destes adornos. Usar correntes maciças com diferentes tipos de elos também foi um costume da época. 

Pérolas barrocas ganharam destaque em peças onde as pérolas eram parte do corpo da figura representada seguindo a criatividade do joalheiro. No auge do Renascimento as cidades de Amsterdã e Antuérpia tornaram-se os centros do comércio de gemas de corte .

Tamanha era a euforia deste período que até mesmo imitações de pedras eram usadas. 

O Renascimento foi um período marcado pelas transformações, prosperidade e criatividade. A joalheria deste período marcada pelo exuberância, tecnologia e conceitos artísticos.

Saliera de Cellini

Anel de Casamento Judeu

Exemplo de Anel Irlandês (amizade, amor, etc.)

Fonte:

http://www.portaldasjoias.com.br/index.php?Itemid=30&id=156&option=com_content&task=view
http://www.allaboutgemstones.com/jewelry_history_renaissance.html